Suspeita é de confronto envolveu foragidos do Complexo Prisional de Rio Branco. Equipes de Capixaba e Plácido de Castro, junto com a Polícia Nacional Boliviana, estiveram no local, no município de Bela Flor, que faz parte do departamento de Pando
A Polícia Civil do Acre investiga um confronto na Bolívia que terminou com cerca de dois pessoas carbonizadas. O caso é investigado pela delegacia de Capixaba, cidade do Acre que fica fronteira no país vizinho, porque a suspeita é de que os confronto envolveu foragidos do Complexo Prisional de Rio Branco.
O delegado Aldízio Neto informou que recebeu a informação de que o crime ocorreu por volta das 3h da última terça-feira (5), no município de Bela Flor, que faz parte do departamento de Pando.
Na tarde dessa quinta (7), as equipes de Capixaba e Plácido de Castro, junto com a Polícia Nacional Boliviana, estiveram no local, que fica na zona rural, a 20 km do Centro de Capixaba.
O delegado contou que, ao chegar no local, encontrou a casa onde os mortos estavam totalmente queimada. Os corpos foram carbonizados.
“Em um suposto confronto, foragidos do sistema prisional do Acre foram mortos. Em seguida, a casa onde eles estavam foi queimada”, resumiu.
Animais comeram corpos
O delegado informou que pelo menos duas pessoas morreram. Mas ainda não é possível saber quantas vítimas são ao todo.
Neto destacou que havia porcos no quintal da residência e que os animais acabaram comendo parte dos restos mortais.
“A casa estava totalmente destruída. Além disso, os animais da propriedade estavam terminando de comer os corpos, então, não se sabe ao certo quantos corpos foram carbonizados. Só com familiares procurandor ou dando falta de algum ente que a gente vai ter certeza de quantos foram”, informou ele.
O delegado destacou também que o local onde ocorreu é conhecido por ser abrigo de foragidos da Justiça brasileira.
“Os restos mortais foram encaminhados para o IML [Instituto Médico Legal] em Rio Branco para fazer o confronto de DNA com supostos familiares. O inquérito vai ser instalado aqui na delegacia de Capixaba para prosseguimento à autoria, já que em tese são brasileiros”, comentou.
O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) disse que ainda não dá para saber se há foragidos de Rio Branco envolvidos no confronto. Com os corpos carbonizados, só os exames periciais poderão confirmar a identidade das vítimas.