Polícia Civil concluiu inquérito da morte de Juliana Chaar e indiciou Diego Luiz Gois Passo por homicídio qualificado e Keldheky Maia, amigo da vítima, por tentativa de homicídio. Confusão ocorreu em junho no bar Dibuteco
Diego Luiz Gois Passo, acusado de atropelar e matar a assessora jurídica Juliana Chaar Marçal, após uma confusão no bar Dibuteco, em junho deste ano, em Rio Branco, foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado.
O motorista da caminhonete teve a prisão temporária decretada no dia seguinte a fatalidade. Ele fugiu do local do acidente, escapou de um cerco policial montado para prendê-lo no dia 12 de julho na zona rural do Bujari e se entregou para a Polícia Penal e Grupo Especial de Fronteiras (Gefron) no dia 15, três dias depois.
Durante uma tentativa de prender Diego, policiais civis prenderam dois familiares dele por posse ilegal de arma de fogo.
Além de Diego, a polícia também indiciou o advogado Keldheky Maia da Silva por tentativa de homicídio qualificada contra duas pessoas que estavam na confusão.
O advogado chegou a ser preso em flagrante por porte ilegal de arma no dia do acidente, mas foi liberado na audiência de custódia no dia seguinte. Nessa quinta (7), Keldheky foi preso novamente a pedido da Justiça.
Ao g1, o coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Alcino Júnior, confirmou que o inquérito foi concluído e encaminhado para o Poder Judiciário.
“São dois distintos, do homicídio qualificado da Juliana, e a tentativa de homicídio pelo Keldheky contra o Dione e o Leda. Com o término das investigações, pedimos a prisão do Keldheky pelo homicídio na forma tentada, que ainda não tinha sido responsabiliado”, destacou.
Relembre o caso
A servidora do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, morreu após ser atropelada durante uma confusão na casa noturna Dibuteco, na Rua São Sebastião, bairro Isaura Parente, em Rio Branco. O atropelamento ocorreu por volta das 5h48 do dia 21 de junho.
Diego dirigia a caminhonete que atingiu Juliana e fugiu do local. A Justiça chegou a decretar a prisão dele, mas ele não se entregou e nem foi encontrado pelos policiais. A defesa do suspeito entrou com um pedido de revogação de prisão no dia 23 de junho.
O pedido de prisão, solicitado pela Polícia Civil, foi encaminhado à Justiça após a análise das imagens que mostram o momento em que Juliana é atropelada por uma caminhonete preta durante o tumulto na saída da boate.
Diego alegou que não viu Juliana, antes de bater com a caminhonete nela. A defesa disse que ele não tinha a intenção de atropelar a servidora, que tentou retornar para prestar socorro, contudo, ficou com medo da aglomeração e fugiu.