Filas, salas lotadas de mulheres, homens e muitas crianças, além de vários servidores, voluntários e
estudantes de diversos órgãos e instituições públicas e privadas procurando resolver a situação de cada um e atender todos, assim foi a 2ª edição do ano de 2019 da ação social promovida pelo Tribunal de Justiça do Acre, Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e Defensoria Pública do Estado do Acre (DPAC), que aconteceu na sexta-feira, 28, das 8h às 15h, na Escola Técnica Campos Pereira, na Cidade do Povo.
Estas três instituições uniram os projetos sociais que desenvolvem, respectivamente, “Projeto Cidadão” do TJAC, “MP na Comunidade: Ministério Público próximo ao cidadão” e “Defensoria ao seu lado: cidadania mais perto de você”, e somaram forças com 40 parceiros para ofertar mais de 30 tipos de serviços nas áreas de: atendimentos jurídicos, saúde, expedição de documentos e outros tipos de atividades, como cortes de cabelo, jogos e atividades de conscientização.
Justiça e Cidadania: compromisso social com o cidadão
Durante a solenidade de abertura, o presidente do TJAC, desembargador Francisco Djalma, relembrou a história do Projeto Cidadão, que há 24 anos promove cidadania. O desembargador-presidente ainda agradeceu pela parceria de todos os envolvidos, ressaltando a importância de atender a população: “Agradeço a presença e o envolvimento de todos e em nome de todas as pessoas que precisam desses serviços eu agradeço”, disse o presidente.
O momento inicial da ação “Justiça e Cidadania: compromisso social com o cidadão” também contou com a presença da procuradora-geral de Justiça do MPAC, Kátia Rejane, com a defensora pública-geral, Roberta Caminha, e desembargadores, juízes de Direitos, procuradores, promotores, defensores e representantes da União, Estado e município.
“Não seria possível realizar uma atividade desse tamanho se não fossem todos os parceiros. Uma ação social depende de todos os estratos. Essa é uma ação pela qual todos somos responsáveis. Responsáveis por levar cidadania a quem precisa”, asseverou a desembargadora Eva Evangelista, coordenadora do Projeto Cidadão do Poder Judiciário Acreano.
“Sem documento não fazemos muita coisa”
O documento é essencial na vida do cidadão em qualquer localidade do mundo. Pois, somente com documentação que se acessa uma série de serviços públicos, como: atendimentos na rede pública de saúde, matrícula em escolas, aposentadoria e outros. Na primeira edição deste ano dessa ação conjunta, ocorrida no bairro Triângulo, no dia 17 de maio, foram emitidos 1.031 documentos, entre Carteira de Identidade, CPF, Carteira de Trabalho, Título de Eleitor, Certidões de casamento e nascimento, assim como, cartão do idoso, Bolsa família e Cadastro Único.
Com uma neném de três meses de idade, Liliane Barbosa, 30 anos, compareceu à escola para retirar a Certidão de Nascimento da filha, “ir até o cartório é difícil. Aqui é mais fácil, né”, explicou. Já Maria Iranilda Lopes da Silva, 48 anos, veio do Bairro Rosalinda para buscar a 2ª via da Certidão de Nascimento, a primeira se perdeu com uma das alagações que atingiu Tarauacá, ela disse: “é importante isso aqui, porque sem documento não fazemos muita coisa”.
“Aqui na Cidade do Povo têm famílias”
Para Renata dos Santos, 28 anos, que foi atrás de atendimento médico, a presença das instituições facilitou a vida das famílias que moram na Cidade do Povo, “Um lugar desses que é tão precisado e cheio de família. Aqui na Cidade do Povo têm famílias que precisam, tem trabalhador. Eu estou muito feliz por esse projeto vir até aqui”, revelou.
Outro que também enfatizou a necessidade de desenvolver trabalhos e levar políticas públicas a Cidade do Povo foi o professor Castro do que ministra uma oficina de forró para as crianças da região: “aqui tem famílias”, afirmou o professor, antes que seu grupo de alunos e alunas começasse uma apresentação artística.