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Vai dar tudo certo

Vai dar tudo certo

O senador Márcio Bittar (União Brasil-AC), já declarado candidato à reeleição no ano que vêm recorreu ao subterfúgio de utilizar a comunidade evangélica para angariar votos, buscando seu sucesso frente ao processo eleitoral. Para conquistar a simpatia dos evangélicos, na semana passada decidiu transmutar-se como crente durante um culto da Assembleia de Deus de Madureira, em Rio Branco.

Ameaça

Esse movimento é interpretado por quem acompanha o cenário político do Acre como oportunismo político. É que Márcio Bittar estaria enxergando na ex-deputada federal Mara Rocha como a sua principal concorrente no campo bolsonarista e para minimizar os supostos danos à sua base eleitoral, decidiu agir aderindo à comunidade evangélica.

O passado manda lembranças

Não custa lembrar que em 2022 o jornalista Leonildo Rosas fez publicar prints, acompanhados de fotos sensuais, restando conversas do senador com uma bela jovem que reside em Brasília, onde a abordagem girava em torno de um encontro extramatrimonial. Segundo atesta o jornalista, o teor da reportagem feita a época, veio a partir de mensagens encaminhadas pela ex-esposa do senador, que teria descoberto a pulada de cerca do novo evangélico.

Dúvidas

A conversão religiosa pública do senador levanta questionamentos sobre a sinceridade da decisão, especialmente diante do histórico de figuras políticas que instrumentalizam a fé para fins eleitorais. Em um cenário de crescente disputa pelo voto evangélico, Bittar parece seguir um roteiro já conhecido: recorrer a religião como trampolim para projetos de poder.

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A fórceps

A taxação de 50% sobre todos os produtos brasileiros anunciada por Donald Trump na última quarta-feira buscando, segundo o próprio Trump, encerrar os processos contra Jair Bolsonaro, está provocando um rearranjo nas forças políticas no cenário nacional.

Amálgama

O Palácio do Planalto e o Centrão, que vinham se estranhando havia meses e entrando em guerra aberta por conta do aumento do IOF, ensaiam uma reaproximação com base no discurso de defesa da soberania nacional — e dos interesses de setores empresariais prejudicados pelo tarifaço. Alguns nomes do Centrão, porém, alegam que o alinhamento é pontual.

Empecilhos

Ocorre que a provável aproximação será colocada a prova em breve tempo. Esta semana a Câmara tem votações que podem reabrir o conflito com o Executivo: no plenário, a revisão do licenciamento ambiental; nas comissões, a PEC da segurança pública e a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil.

Piscadela

Fora de Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca uma aproximação com outro setor que lhe é normalmente avesso: o empresariado. Ele se reuniu com ministros na noite deste domingo e anunciou a criação de um comitê para tratar da reação às tarifas, previstas para entrarem em vigor no próximo dia 1º de agosto.

Adjunto

Ainda prosseguindo com a interlocução com o empresariado, Lula pretende se reunir pessoalmente com líderes empresariais para discutir estratégias de defesa da produção brasileira e, de quebra, reforçar a imagem de que Bolsonaro é o responsável pelo tarifaço.

Ensejo

Reforçando a estratégia de expor à opinião pública a responsabilidade direta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas sanções anunciadas pelo presidente americano Donald Trump, o governo federal e a esquerda intensificam durante a semana a campanha com foco na soberania, vendo a tensão com os EUA como uma oportunidade para acertar a comunicação e melhorar a imagem do presidente.

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Idas e vindas

Já na direita o cenário é de conflito e tentativa de reacomodação. Visto como potencial candidato conservador ao Planalto em 2026, já que Bolsonaro está inelegível, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), teve um fim de semana de idas e vindas. Inicialmente, ele culpou o governo federal pela elevação das tarifas e chegou a almoçar com Bolsonaro em Brasília, mas mudou o tom e, durante evento com empresários, disse que era necessário “unir esforços” e defendeu a atuação diplomática do Planalto.

Grita

A mudança de Tarcísio de Freitas tem explicação. Prejudicados pelas tarifas, empresários paulistas que vinham apoiando as pretensões presidenciais do governador começaram a questionar sua independência em relação ao bolsonarismo. (Folha)

Atritos

A virada no comportamento do governador paulista dos republicanos ante as sanções anunciadas por Trump, expôs ainda mais o racha de Tarcísio de Freitas com o clã Bolsonaro. Na sexta-feira, após Tarcísio se encontrar com o encarregado de negócios da embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), condenou qualquer tentativa de negociação que não inclua a anistia aos golpistas de 8 de janeiro.

Perde e ganha

Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA desde fevereiro fazendo lobby contra o processo a que o pai responde no STF, classificou qualquer acordo nessa linha como “caracu”, uma expressão pouco educada para um resultado em que só uma parte sai ganhando. Na mesma linha, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que as tarifas são “um empurrãozinho” para a anistia e que o Brasil não tem “poder de barganha” para enfrentar os EUA.

Segue o baile

Enquanto acontece a briga política e econômica, a Procuradoria-Geral da República apresenta hoje as alegações finais na ação penal junto ao STF contra Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado após a derrota eleitoral de 2022.

Fio de esperança

Mas os acusados pelo golpe tiveram um motivo para comemoração. O ministro do STF André Mendonça, indicado por Bolsonaro para o cargo, será o relator de um agravo regimental que busca paralisar o processo. O recurso, impetrado por advogados do ex-assessor presidencial Filipe Martins, questiona a atuação do ministro Alexandre de Moraes no caso.

Nova ordem

Nos EUA a preocupação é com a possibilidade de criação de um novo mapa do comércio global. A União Europeia, que soube neste fim de semana que Washington sujeitaria o bloco a tarifas de 30% a partir de 1º de agosto, seria o centro dessa nova ordem.

Confiabilidade

Ursula von der Leyen, presidente do braço executivo da UE, respondeu ao posicionamento adota por Washington prometendo continuar as negociações, mas disse que continuaria a elaborar planos para retaliar com força a decisão americana de impor tarifas adicionais de 30% a União Europeia. Mas essa não será toda a estratégia. A Europa, assim como muitos dos parceiros comerciais dos Estados Unidos, também busca amigos mais confiáveis.

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Rescaldo

Já entre os consumidores americanos, a preocupação é com o preço do cafezinho. Mais de 99% do café consumido no país é importado e, no ano passado, o Brasil foi responsável por mais de 8,1 milhões de sacas, cada uma com 60 quilos de café, que entraram nos Estados Unidos. Qualquer mudança repentina seria uma “situação de perda para todos”, disse Guilherme Morya, analista de café do Rabobank em São Paulo. (New York Times)