O vereador André Kamai (PT), durante audiência pública realizada ontem, segunda-feira, 13, na Câmara Municipal de Rio Branco, fez duras críticas à atual situação do transporte coletivo da capital e à falta de transparência na gestão do sistema.
Descalabro
O parlamentar afirmou que o problema é antigo, mas que a população não pode continuar pagando o preço da ineficiência e da desorganização administrativa. “O transporte público de Rio Branco vive um colapso. A população espera há anos por melhorias e o que vemos é a repetição de promessas não cumpridas. É preciso transparência, responsabilidade e compromisso real com o usuário”, declarou Kamai.
Ineficiência
Ele também questionou a ausência de um planejamento moderno que atenda às novas demandas da cidade. “Não dá mais para remendar um sistema que já não funciona. Precisamos discutir inovação, transporte sustentável e gestão eficiente, mas com base em dados abertos e fiscalização permanente. Sem isso, qualquer mudança será apenas maquiagem”, criticou.
Ação de oficio
Kamai reforçou ainda que a Câmara tem papel central na cobrança de resultados e na defesa da sociedade. “Nosso dever é fiscalizar e propor soluções. A Prefeitura precisa ouvir quem está nas paradas de ônibus, quem depende do transporte todos os dias. Sem diálogo e transparência, continuaremos no mesmo ciclo de descaso e improviso”, concluiu o vereador.
Reação
Depois de sofrer uma derrota acachapante ao ver a MP do IOF não ser aprovada pela Câmara dos Deputados, o Planalto começou a retaliação. Indicados de parte dos 241 deputados que votaram contra a medida provisória estão sendo exonerados de diferentes ministérios e autarquias.
Alvos
De acordo com o governo, as demissões não ocorrem aleatoriamente. O objetivo, dizem articuladores do governo, é fazer retaliações “cirúrgicas” a fim de reestruturar a base de apoio do Planalto no Congresso, que estaria frágil e desarticulada, segundo a avaliação do Executivo.
Entranhas
O deputado Arthur Lira (PP-AL), por exemplo, foi poupado, e nenhum de seus indicados perdeu o cargo. Mesmo votando sistematicamente contra o governo, o Centrão contava com pelo menos 378 filiados ocupando cargos comissionados no Executivo. A retaliação do Planalto contou com a aprovação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Infiltração
Levantamento feito pelo portal UOl contabiliza que o governo conta com cerca de 380 filiados a partidos do Centrão com ministérios na Esplanada atuavam no governo Lula antes da série de exonerações publicada na sexta-feira (10) no Diário Oficial da União.
Critério
O levantamento inclui apenas cargos ocupados por pessoas registradas nos partidos. Indicações de funcionários sem filiação partidária não estão contabilizadas, embora também possam ter origem política.
Mapa
O União Brasil conta com 119 cargos na estrutura do governo Lula; MDB 112 cargos; PSD 63 cargos; PP 48 cargos; Republicanos 36 cargos; Dos partidos elencados, o PSD é o único que atualmente tem mais cargos comissionados em comparação ao início do governo, quando ainda permaneciam os nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro(PL).
Vida dupla
A propósito do desalojamento de filiados a partidos da oposição ao governo federal, o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), defendeu a decisão do governo de cortar cargos de aliados que votaram contra a medida provisória (MP) do IOF. “Eu particularmente penso que não dá para ser casado e ter vida de solteiro”, afirmou o ministro, em referência ao comportamento de legendas que ocupam cargos no Executivo, mas votam contra matérias de interesse do governo.
Ajustando contas
Começa hoje na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento de mais sete acusados pelo planejamento de um golpe de Estado após as eleições de 2022. Os réus integram o chamado “núcleo de desinformação”, responsável por ataques às urnas eletrônicas, a autoridades e às próprias instituições democráticas.
Rol
São cinco militares e ex-militares, um policial federal lotado na Abin e Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, contratado pelo PL para elaborar um relatório desacreditando a lisura das eleições.
Ineditismo
O julgamento do chamado “núcleo de desinformação” , apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como responsável por disseminar fake news e narrativas golpistas contra o sistema eleitoral brasileiro, é considerado um divisor de águas porque, se houver condenações, será a primeira vez que a Corte reconhece o crime de desinformação direcionada ao ataque do sistema democrático e das urnas eletrônicas.
Jurisprudência
A decisão poderá criar uma jurisprudência inédita para punir criminalmente quem propaga notícias falsas com o objetivo de abalar a confiança nas instituições, segundo reporta o jornal O Globo. De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o grupo “fabricou e disseminou narrativas falsas contra o processo eleitoral, os Poderes constitucionais e as autoridades que os representam, fazendo nascer e crescer a instabilidade social necessária para a ruptura institucional”.
Dia histórico
Após mais de dois anos de uma guerra sem paralelos na história recente, enfim Israel e Hamas iniciaram as medidas concretas para cessar as hostilidades e encerrar de forma definitiva o conflito que deixou quase 70 mil mortos, sendo 1,2 mil deles israelenses.
Liberdade
Na manhã de ontem, segunda-feira, 13, o Hamas libertou os 20 reféns que ainda estavam vivos em seu poder e iniciou o translado de parte dos 28 israelenses que morreram em Gaza desde 7 de outubro de 2023.
Protagonista
Do outro lado, Israel libertou quase dois mil prisioneiros palestinos. Donald Trump foi o grande protagonista desse dia repleto de esperanças e incertezas. Depois de visitar Israel e ser recebido como herói, Trump foi até o Cairo para assinar o acordo que os EUA impuseram a Israel e ao Hamas.
Fiadores
Ao lado dos líderes de mais de 20 países — incluindo Egito, Catar e Turquia, mediadores das negociações —, Trump afirmou que uma nova fase começava no Oriente Médio. Nem o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nem representantes do Hamas estiveram na assinatura. O único envolvido no conflito, ainda que indiretamente, a participar da cerimônia foi o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Frenesi
Israel parou para assistir à libertação dos últimos 20 reféns vivos, e comemorações foram realizadas em todo o país. Ainda restam em Gaza os restos mortais de 24 reféns, que, segundo o acordo, deverão ser devolvidos em breve, apesar das dificuldades, segundo o Hamas, de localizar todos os corpos daqueles que morreram em cativeiro.
Balanço
Ao todo, mais de 251 pessoas foram sequestradas durante os ataques de 7 de outubro, quando militantes do Hamas e de outras facções palestinas invadiram o território israelense.