A movimentação política em Rio Branco no da de ontem, quarta-feira, 19, ficou por conta de uma nota lançada pela executiva municipal do PSDB, dando conta que os tucanos, ‘diante da “falta de interesse” por parte do prefeito Tião Bocalom (PL) em encaminhar uma coligação, estavam abrindo conversas com o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que tem como pré-candidato o ex-prefeito Marcus Alexandre’. O anúncio foi assinado pelo presidente da Executiva Municipal do PSDB, Tadeu Coêlho.
Desencontros
De acordo com Tadeu, o PSDB havia feito um acordo com o Progressistas (PP) para apoiar a pré-candidatura de Alysson Bestene para a prefeitura de Rio Branco, mas a partir do momento em que o PP anunciou a aliança pela reeleição do prefeito Tião Bocalom, o acordo dos tucanos com o PP foi naturalmente rompido, vez que não houveram conversas com Bocalom e Bestene sobre a nova realidade.
Pressa
Após a divulgação da nota do PSDB, as lideranças do PL e PP correram atrás do prejuízo e ontem no final do dia se reuniram com os líderes do PSDB para convidar o partido para consolidar a aliança. Em que pese o reestabelecimento do canal, o prefeito Tião Bocalom, de antemão, negou que cargos e pastas seriam meda na mesa em troca do apoio do partido.
Posição
“Não vou fazer loteamento de jeito nenhum da prefeitura, vou continuar mesmo é trabalhando. Com o PP foi preto no branco, com o PSDB, até o eu sei, está marcada uma conversa hoje à noite fora do horário do expediente, porque no horário de expediente não vou tratar de política. Tá marcado um café lá com eles [PSDB] hoje à noite”, disse na tarde de ontem, em entrevista concedida ao jornalista Astério Moreira, no programa Gazeta Entrevista, da Rede Manchete, retransmissora da Rede Record.
Concílio
Em que pese a posição assumida, Bocolom participou da reunião que contou, ainda, com a presença do pré-candidato a vice, Alysson Bestene (PP); do presidente municipal do PSDB, Tadeu Coelho; do vice-presidente do PSDB, Gledson Pereira; e presidente do PL, João Paulo Bittar e ainda os assessores de Bocalom, Helder Paiva, Valtinho José e Frank Lima.
Foco
No transcorrer do encontro, não restou tratado espaços a serem ocupados pelos tucanos em uma eventual administração de Bocalom e Alysson, mas a dupla apresentou convite para a incorporação do PSDB ao grupo de partidos coligados, sob o mantra de que a “luta é contra a esquerda”.
Plenária
De acordo com o presidente municipal do PSDB, Tadeu Coelho, a direção tucana irá se reunir com os pré-candidatos a vereador do partido para debater uma possível aliança. “O PSDB municipal vai reunir os pré-candidatos e repassar o que o prefeito Bocalom falou em relação ao apoio aos pré-candidatos”, disse Tadeu.
Encontro
O conselheiro do Tribunal de Contas do estado, Ronald Polanco e a deputada federal Socorro Neri (PP) tiveram ontem, 19, audiência com o ministro Camilo Santana para tratar se assuntos ligados à melhoria do setor no estado. Participaram do encontro os assessores acreanos do ministério, o ex-deputado Léo de Brito e Fábio Vaz, junto com o restante da cúpula do MEC.
Pauta
Polanco apresentou ao ministro a nova postura do TCE de apoiar a melhoria e a qualidade das políticas públicas, incluindo o sistema desenvolvido pelo tribunal de acompanhamento da gestão das escolas em tempo real. Este foi um dos temas. A conversa foi tão produtiva que o secretário de Educação, Aberson Carvalho, foi convocado à Brasília para acompanhar os desdobramentos do encontro, com o apoio do gabinete da deputada Socorro Neri que, a cada dia, se torna uma referência no Congresso a respeito de Educação Pública.
Governança
A propósito da Educação brasileira, o ministro da pasta, Camilo Santana, afirmou na segunda-feira, 17, que é preciso melhorar a qualidade da aplicação dos recursos públicos na área. “Nós temos situações no Brasil em que municípios mais pobres têm resultados melhores do que municípios mais ricos. Então a questão não está só no recurso. Está na governança, no planejamento, no acompanhamento de metas e resultados. São dois eixos importantes que a gente precisa ter um olhar: ampliação dos investimentos da educação básica e maior qualidade na aplicação desses recursos”, defendeu Santana.
Mais do mesmo
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta, mais uma etapa da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que financiaram e fomentaram os ataques de 8 de janeiro em Brasília. Os agentes cumprem 27 mandados. São 15 ordens de busca e apreensão e 12 de busca pessoal expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes contra alvos localizados nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Indisponibilidade
Também foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar a 40 milhões de reais. “Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, diz a PF.
Relação
Ainda sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de2023, o governo de Javier Milei, presidente da Argentina, entregou ao Itamaraty nesta quinta-feira, 20, a lista dos foragidos do atentado de 8 de janeiro de 2023 que se encontram em território argentino, uma semana após um pedido formal apresentado pela pela Polícia Federal (PF) brasileira. O documento já foi encaminhado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelos processos dos ataques golpistas. Estima-se que a lista contenha cerca de 65 nomes.
Diplomacia
Na semana passada, a PF enviou à Argentina 143 nomes de brasileiros que teriam descumprido medidas cautelares, como prisão domiciliar ou obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica, para escapar da justiça cruzando a fronteira. O objetivo era descobrir quantos deles estavam na Argentina para dar início a um processo de extradição – e fazer isso o mais rápido possível, já que alguns poderiam ter solicitado asilo político. Nesse caso, o governo argentino não poderia entregar os nomes às autoridades brasileiras, porque a lei de pedido de refúgio impõe confidencialidade.
Incertezas
Ainda é incerto o retorno dos cerca de 65 brasileiros que fugiram ao país vizinho após virarem alvo da operação Lesa Pátria, já que Milei é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cuja derrota nas eleições de 2022 alimentou os ataques golpistas à Praça dos Três Poderes. Em coletiva de imprensa na quarta-feira 19, porém, o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, negou que existisse um pacto de impunidade entre Milei e Bolsonaro, apesar da proximidade ideológica e pessoal entre os dois.