Ontem, segunda feira, 01, em participação no programa ‘Em Cena’, no canal TV ContilNet, que tem a apresentação do jornalista Everton Damasceno, o prefeito Tião Bocalom (PL) deixou patenteado decisão quase definitiva: sua disposição em participar do processo eleitoral no ano vindouro, mirando o Palácio Rio Branco.
Efervescência
Indagado sobre sua disposição de disputar o governo, Bocalom respondeu que o movimento político em torno do seu nome tem crescido, especialmente no Vale do Juruá, região que ele cita como decisiva para a derrota de 2010, quando perdeu a disputa para Tião Viana por pouco mais de 3,4 mil votos.
Clamor
Segundo o prefeito, moradores de vários municípios juruaenses têm manifestado apoio a uma eventual candidatura. “Por onde eu ando no Juruá, que foi onde em 2010 nós perdemos a eleição, o que eu sinto é a população dizendo que quer me recompensar. Eles dizem ‘Bocalom, quem tirou tua eleição fomos nós’. Isso eu vi em Jordão, Taumaturgo, Porto Walter, Cruzeiro, Mâncio Lima, Tarauacá e Feijó”, afirmou.
Predicados
Bocalom disse ainda que acredita que seu histórico de gestão fortalece o projeto político. “O que ganha eleição é trabalho, não é conversa fiada. Muitas vezes o peso de um grupo pode eleger um candidato fraco, mas quando se tem trabalho para mostrar, como é o nosso caso, a história é outra”, declarou.
Perspectivas
Ao falar sobre 2026, o prefeito admitiu que a decisão formal ainda não está tomada, mas indicou que a tendência atual aponta para a disputa. “Eu acho que, se eu for para a candidatura mesmo no ano que vem, tenho certeza de que vamos para uma candidatura vitoriosa, se Deus quiser”, disse.

Corregedoria
O Ministério Público do Estado do Acre elegeu, na data de ontem, segunda-feira,1º, a procuradora de Justiça Patrícia de Amorim Rêgo como a nova corregedora-geral da instituição para o biênio 2026-2028. A escolha foi oficializada durante sessão especial do Colégio de Procuradores de Justiça, realizada em formato híbrido.
Credenciais
Patrícia Rêgo tomará posse juntamente com o novo procurador-geral de Justiça, Oswaldo Lima D’Albuquerque, no início de 2026, quando começa mais um mandato à frente do MP acreano. Destaque no meio acadêmico jurídico, Patrícia é Doutoranda em andamento em Ciência Jurídica, Mestra em Direito, tem especialização em Direito Processual Civil e vasto destaque em diversas funções exercidas no âmbito do Ministério Público do Estado do Acre.
Funções
A Corregedoria-Geral é o órgão responsável por orientar, fiscalizar e acompanhar o desempenho funcional e a conduta dos membros do Ministério Público. O corregedor-geral também integra, como membro nato, o Conselho Superior da instituição e pode ser reconduzido ao cargo por mais um mandato de dois anos.

Beligerância
O ex-presidente Jair Bolsonaro mal se acostumou com a cela onde vai cumprir parte da pena de mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado e já assiste a uma guerra familiar pela disputa de seu papel de liderança na direita brasileira. A tensão no núcleo mais íntimo dos Bolsonaro explodiu nesta segunda-feira após uma declaração de Michelle Bolsonaro em um comício em Fortaleza.
Desencontro
No último domingo, 30, em ato político que teve lugar em Fortaleza, a ex-primeira-dama criticou publicamente a aliança firmada pelo PL do Ceará com Ciro Gomes, afirmando que o acordo foi “precipitado” e insinuou deslealdade da legenda ao marido. A intervenção inesperada irritou os filhos do ex-presidente.
Excessos
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reagiu primeiro e afirmou que Michelle “atropelou” Bolsonaro ao desautorizar um movimento que, segundo ele, havia sido previamente avalizado pelo ex-presidente. Carlos Bolsonaro endossou o irmão e afirmou que é preciso “respeitar a liderança” do pai. Jair Renan também compartilhou as críticas. Mais tarde, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA, classificou a fala da madrasta como “injusta e desrespeitosa”.
Cruzada
Os ataques contra Michelle pelos irmãos Bolsonaro aconteceram no X, a plataforma usada por eles para criticar, defender, elogiar ou enviar recados a aliados ou inimigos. Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro fizeram posts atacando a madrasta. O caçula, Jair Renan, tratou de reproduzir as críticas.
Mundo fantástico
A cena faz lembrar a literatura infantil onde a madrasta de Branca de Neve é a Rainha Má, uma personagem que se casa com o pai da princesa e, movida pela inveja, tenta matá-la. Sua obsessão por ser a pessoa mais bela do reino a leva a perguntar constantemente para seu espelho mágico quem é a mais bonita. Quando o espelho a declara menos bela do que Branca de Neve, ela conspira para se livrar da enteada.
Espaçosa
A atuação de Michelle tem incomodado não só a família. Lideranças do Centrão têm manifestado incômodo com a atuação dela na articulação de palanques estaduais para 2026. Com Bolsonaro impedido de atuar politicamente, dirigentes de partidos de direita avaliam que Michelle tenta assumir protagonismo nas negociações eleitorais. Ela comanda hoje o PL Mulher, estrutura que ampliou sua influência interna na sigla.
Insurgência
Aliados do bolsonarismo admitem, nos bastidores, desconforto com a intervenção da ex-primeira-dama. Líderes do centro e da direita afirmam não querer que integrantes da família Bolsonaro ditem alianças locais, consideradas cruciais para a formação de palanques competitivos em 2026.
Inconfidências
O conflito entre os filhos do ex-presidente e a madrasta é antigo, dos tempos em que a família estava no poder. Mas desta vez o estopim da crise familiar ocorreu na terça-feira passada, quando Michelle Bolsonaro fez uma piada durante reunião do PL que desagradou aos filhos do ex-presidente. Diante de dirigentes da sigla, a ex-primeira-dama contou que havia preparado milho cozido para o marido e revelou o apelido íntimo com que o chama: “meu galo”.
Estilo
Na sequência, fez uma brincadeira afirmando que Bolsonaro precisava mostrar que continuava “imbrochável”, referência às medalhas dos “3 is” distribuídas por ele a aliados. A fala foi interpretada por integrantes da família como exposição indevida do ex-presidente. No dizer do jornalista Merval Pereira “A família Bolsonaro vem se esmerando em destruir-se publicamente, com intrigas e acusações em tom elevado que transformam a privacidade em ação política, para o bem e para o mal”.

Prospecção
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal realize, em até 15 dias, uma perícia médica completa no general Augusto Heleno, condenado a 21 anos de prisão pela tentativa de golpe de Estado.
Dúvidas
A medida ocorre após a defesa afirmar que o ex-ministro do GSI foi diagnosticado recentemente com Alzheimer, versão que passou por correções ao longo da última semana. No despacho, Moraes ordena avaliação clínica, neurológica e neuropsicológica, com histórico médico, exames laboratoriais e, se necessário, ressonância magnética ou PET, a fim de verificar o real estado cognitivo e funcional do militar. Heleno está preso no Comando Militar do Planalto.

Estratégia
Para vencer a resistência no Senado à indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), seus aliados querem lançar mão da religião. A ideia é levar uma comitiva de pastores para pressionar os senadores em favor de Messias, que é evangélico. A avaliação, porém, é que as chances de aprovação dele na sabatina, marcada para o dia 10, dependem de um acordo entre o presidente Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que queria a vaga para seu antecessor e aliado Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Flexibilização
O governo Lula deverá flexibilizar a meta fiscal das estatais em 2026 para acomodar os custos da reestruturação dos Correios, evitando que o impacto das despesas pressione outras áreas do Orçamento em pleno ano eleitoral. A mudança é considerada necessária porque o plano de recuperação da estatal, que inclui um empréstimo de R$ 20 bilhões para financiar PDV, regularização de fornecedores e quitação de dívidas, aumentará de forma expressiva o déficit primário das empresas públicas no próximo ano.
Equalização
Como as receitas do empréstimo não entram no cálculo da meta fiscal, mas seus gastos contam como despesa primária, o desequilíbrio seria inevitável sem o afrouxamento das regras. Em 2025, o governo já precisou conter R$ 3 bilhões em despesas para compensar o rombo maior das estatais, movimento que a equipe econômica quer evitar repetir às vésperas de 2026.

Passando ao largo
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, ignorou o suposto ultimato que teria recebido de Donald Trump durante telefonema no último dia 21 para que renunciasse e deixasse o país, informou a agência Reuters. Segundo fontes, o venezuelano teria exigido, além de anistia para ele e sua família, o fim das sanções econômicas a seus país e dos processos a que responde em cortes internacionais, o que foi rejeitado pelos EUA. Trump fez na segunda-feira uma reunião com seus principais assessores no Salão Oval para discutir os próximos passos de sua campanha para derrubar Maduro.
