Apoiadores da candidatura da vice-governadora Mailza Assis (PP) tomam como decidido que ela será a candidata ao governo do Acre pela coligação Progressistas/União Brasil. A certeza decorre de um áudio enviado pelo presidente nacional do PP, senador piauiense Ciro Nogueira à Mailza dando conta que a direção nacional dos Progressistas tem esse entendimento como pacificado.
Critérios
No áudio, Nogueira deu conta à Mailza que o acerto acolhido pelos dirigentes do PP e do União Brasil, mirando a construção da União Progressista Brasileira (UPB), estabelece que aonde uma das siglas tiver um filiado como governante, a este caberá a escolha do sucessor. Ciro reiterou que por esse consenso o comando da Federação no Acre é do governador Gladson Camelí (PP), hoje o maior incentivador da candidatura de Mailza.
Ao pé do altar
Por ocasião da cerimônia de abertura do tradicional Festival do Açaí, festa realizada anualmente em Feijó, o prefeito Railson Correia (Republicanos) surpreendeu o público com uma declaração inusitada. Em seu discurso, ao se dirigir à diretora-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Sula Ximenes, o gestor deixou fluir o recôndito guardado n’alma: “Um dos maiores orgulhos da minha vida é ser gay, mas, se eu fosse hétero, eu casaria com essa mulher”.
Tentação
A fala arrancou gargalhadas não apenas de Sula, mas também de autoridades e convidados presentes. Em clima de bom humor, a dirigente do Deracre reagiu com uma risada, expressando surpresa pelo desejo incontido do gestor feijoense, tornando o chiste o momento mais comentado da solenidade. O Festival do Açaí, que movimenta a economia e a cultura local, segue até o fim de semana, reunindo atrações musicais, exposições e competições ligadas ao fruto que é símbolo da cidade.
Moto continuo
Perdeu quem apostou que a entrada em vigor do tarifaço americano contra os produtos brasileiros traria alguma calmaria nas relações entre Brasil e Estados Unidos. O presidente Donald Trump voltou à carga contra o governo brasileiro nesta quinta-feira, reforçando as críticas e ameaças dos últimos meses.
Perfil
Agora o presidente americano acusou o Brasil de ser um parceiro comercial “horrível” e de realizar uma “execução política” do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ao conversar com repórteres no Salão Oval da Casa Branca, Trump voltou a defender Bolsonaro. “E eu conheço esse homem, e vou te dizer: eu sou bom em avaliar as pessoas. Acho que ele é um homem honesto”, disse.
A fila anda
Ao tomar conhecimento das declarações de Trump o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu o governante americano, afirmando que o Brasil é um bom parceiro comercial, mas que não irá “andar de joelhos para o governo americano”. Lula ainda disse que, se os Estados Unidos não quiserem comprar, o Brasil não vai ficar chorando. “Vamos buscar outros mercados”.
Picuinhas
O ataque do presidente americano foi reforçado por uma nova postagem da Embaixada dos EUA no Brasil dizendo que o programa Mais Médicos foi um “golpe diplomático” e que os Estados Unidos vão penalizar todos os envolvidos. No Planalto, a expectativa é de que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a ex-presidente Dilma Rousseff sejam os próximos sancionados.
Agenda
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teve encontros, na quarta-feira, com assessores próximos do presidente americano Donald Trump. Ele e o blogueiro Paulo Figueiredo foram recebidos na Casa Branca, em Washington, e apresentaram um relatório sobre o impacto político das sanções e das tarifas americanas no STF e no Planalto. Eduardo disse aos americanos que as instituições bancárias brasileiras seguem permitindo que Alexandre de Moraes faça movimentações financeiras mesmo após ser incluído na Lei Magnitsky.
Psicopatia
O filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro O deputado comemorou as novas sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos contra autoridades envolvidas na criação do programa Mais Médicos. “Dia de reuniões importantes com resultados tangíveis”, escreveu o parlamentar no X (antigo Twitter) nesta quarta-feira, 13. O texto é acompanhado de fotos do filho do ex-presidente junto do blogueiro Paulo Figueiredo, seu braço direito no estrangeiro. Ambos estão em Washington, capital dos EUA.
Chapéu
Em Brasília, o presidente Lula acusou Eduardo Bolsonaro de ser um traidor da pátria e pediu que os deputados federais cassassem o mandato do parlamentar, que está nos Estados Unidos desde março. “Esta é a verdadeira traição da pátria. Ele foi para lá instigar os americanos contra nós. Não dá para a gente ficar quieto”, disse o presidente.
Reta de chegada
O ministro Alexandre de Moraes pediu formalmente, nesta quinta-feira, 14, que seja marcada a data para o julgamento de Jair Bolsonaro e dos demais réus no chamado núcleo crucial da trama golpista no Supremo Tribunal Federal. Com o fim do prazo para o recebimento das alegações finais dos acusados, cabe agora ao ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, marcar a data em que o julgamento vai ocorrer, de forma presencial, no Supremo.
Rol
Além de Bolsonaro, são réus nesse núcleo: o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem; o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos; o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; o ex-ministro do GSI, general Augusto Heleno; o ex-ajudante de ordens Mauro Cid; o ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira; e o ex-candidato a vice na chapa derrotada encabeçada por Bolsonaro, general Braga Netto.
Calendário
O ministro Zanin avalia marcar o julgamento para a primeira quinzena de setembro, informa Gustavo Uribe. Dessa forma, se algum magistrado pedir vistas do processo, com o prazo de 90 dias para devolução, o julgamento se encerra ainda em 2025. A ideia é que as sessões ocorram nas manhãs e tardes de terça-feira, com possibilidade de sessões extras.
Posição
Pressionado pela oposição para colocar em pauta projetos de lei que acabam com o foro privilegiado e de anistia, na tentativa de livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro de uma condenação no STF, o presidente da Câmara, Hugo Motta, disse não haver clima para uma anistia ampla, geral e irrestrita, como defendem os bolsonaristas.
Ponderações
Em entrevista ao canal por assinatura GloboNews, Motta disse não ver “dentro da Casa um ambiente para, por exemplo, anistiar quem planejou matar pessoas”. Motta, no entanto, afirmou haver uma preocupação com as penas extremamente elevadas aplicadas a alguns dos condenados por terem participado dos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Ainda assim, parlamentares do PL articulam uma visita de Motta a Bolsonaro na prisão domiciliar. O ex-presidente já disse a interlocutores que aceita recebê-lo. (Metrópoles)
Rebordosa
A prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, na semana passada, interrompeu a curva de crescimento das menções positivas ao presidente Lula e ao STF nas redes sociais, conta Mônica Bergamo. A avaliação é da própria Secretaria de Comunicação do Planalto, que monitora constantemente o humor nas redes. (Folha)