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Contraposição

Contraposição

Ontem, quinta-feira, 09, o governador Gladson Cameli (PP), durante uma solenidade na sede do Deracre, fez declaração que confronta a mensagem levada ao MDB pelo Secretário de Governo Luiz Calixto, pelo Chefe da Casa Civil Jhonatan Donadoni e dirigentes do PP, numa reunião ocorrida na última quarta-feira, 08, quando o grupo foi em romaria à sede dos emedebistas e acenou com a possibilidade da sigla indicar a vice ou a segunda vaga do senado na chapa governista, disponibilizando uma composição privilegiada.

Organizando a fila

Calixto disse que “a candidatura de Mailza é definida e irretroativa, com compromisso em eleger Gladson Cameli ao Senado, mas com vagas abertas para vice e outra cadeira senatorial”, deixando subentendido que o MDB poderia ocupar uma das posições. Contrapondo-se a Calixto, Gladson foi incisivo: “Quem vai discutir isso sou eu”.

Pingos nos ís

A postura do governador deixa claro aos emedebistas que eventuais acertos a serem validados terão que contar, também, com interlocução do comandante do Palácio Rio Branco e que, considerando a presença da candidata Mailza na troupe, a anuência isolada da candidata não significa o chancelamento da proposta. A afirmação de Cameli deve ter deixado os cabelos dos ‘cabeças brancas’ eriçados – mesmo aqueles que usam tintura -, vez que fizeram salamaleques a pessoas erradas.

Cenário

A fala do governador no Deracre deu-se a partir do momento em que interagia com a imprensa e apercebeu-se da chegada do senador Márcio Bittar (PL) no ambiente, quando foi cumprimentado com efusivo abraço. A partir daí, Cameli passou a reafirmar que Bittar será seu companheiro de chapa e que nenhum de seus secretários está autorizado a negociar em seu nome vagas ao Senado e a vice, numa futura chapa de Mailza: “Isso passará por mim e pela Mailza”, disse Gladson.

Prego batido, ponta virada

O governador disse ainda que as únicas negociações que estarão disponíveis são as vagas de suplências dele e de Márcio Bittar. “Nós vamos chamar os partidos e nosso aliados para debater isso. Mas, para mim, está claro: o segundo candidato ao Senado é Márcio Bittar, que vai disputar a reeleição”, disse.

Tempo de espera

Na mesma atividade, questionado sobre o motivo de ainda não ter declarado apoio à Mailza Assis, o senador Márcio Bittar disse que espera que Gladson diga a “hora certa”. “Isso está na mão do governador Gladson Cameli. Ele sabe a hora certa. Ele sabe como ninguém, tem a sensibilidade de alguém que foi deputado federal duas vezes, senador, governador eleito e reeleito praticamente sozinho no segundo mandato dele”.

Retrovisor

Bittar, querendo enaltecer o tino político do governador, relembrou passagem recente da política acreana: “Praticamente nenhum de nós, que estávamos com ele em 2018, estivemos em 2022. Mesmo assim, ele se reelegeu no primeiro turno. Então alguém com esse currículo está preparado, com a habilidade suficiente, para fazer a aliança necessária. Eu estou bem tranquilo com o Gladson, está tudo bem”, afirmou.

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Aposentadoria

O ministro Luís Roberto Barroso, que até o mês passado presidia o Supremo Tribunal Federal, anunciou que vai se aposentar antecipadamente, oito anos antes da aposentadoria compulsória, hoje fixada aos 75 anos de idade. O ministro tem 67 anos e passou os últimos 12 no Supremo.

Despedida

Em um discurso emocionado, interrompido várias vezes pelas lágrimas, Barroso afirmou sentir orgulho de sua contribuição ao país e disse que sentirá falta do dia a dia na Corte. “Sinto que agora é hora de seguir outros rumos, nem sequer os tenho bem definidos, mas não tenho apego ao poder e gostaria de viver um pouco mais da vida que me resta, sem a exposição pública”, declarou. Barroso deve permanecer mais alguns dias no STF, mas informou que a sessão desta quinta-feira foi a última de que participou como ministro.)

Protagonismo

Barroso participou ativamente de julgamentos importantes nos 12 anos em que esteve no STF. Foi relator de decisões de grande impacto social, como a validação das cotas raciais no serviço público, a garantia de transporte gratuito nas eleições e a adoção de medidas de proteção a povos indígenas durante a pandemia de Covid-19.

Bastidores

A saída antecipada de Barroso deve abrir uma disputa acirrada em Brasília para tentar influenciar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na escolha do novo ministro — ou ministra — do STF. A preferência do presidente recai sobre o advogado-geral da União, Jorge Messias, respaldado por praticamente todas as alas do PT. Mas no STF e em parte do Senado o nome favorito é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deve ter como principal articulador o ministro Alexandre de Moraes.

Correndo por fora

Também é citado como possível candidato o ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas. A interlocutores, Lula afirmou que pretende escolher o sucessor de Barroso assim que retornar da viagem que fará à Ásia no fim deste mês.

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Saúde

O Brasil recebeu ontem, quinta-feira, 09, um lote com 2.500 ampolas de fomepizol, principal antídoto para o tratamento de intoxicações por metanol, adquirido pelo Ministério da Saúde. Cerca de 1.500 ampolas serão distribuídas imediatamente, 288 delas apenas para São Paulo, estado mais afetado. Outras mil unidades ficarão guardadas em estoque. No Rio Grande do Sul, quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol estão em apuração, segundo informações do governo gaúcho. Uma quinta ocorrência foi descartada após exames complementares.

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Racionalidade

Após horas de uma reunião tensa com todos os ministros do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Israel aceitou oficialmente na madrugada de hoje os termos do acordo de cessar-fogo e libertação dos reféns que ainda estão sob o poder do Hamas em Gaza.

Ações imediatas

A “primeira fase” do acordo, que pode colocar fim à guerra que já dura dois anos, será implementada imediatamente, com o fim dos combates, a retirada das tropas israelenses de parte do enclave palestino e o início dos preparativos para a libertação dos reféns e de cerca de dois mil prisioneiros palestinos.

Formalização

O acordo entre as duas partes será assinado no Egito, e o presidente americano Donald Trump disse que tentará participar da cerimônia. Os 20 reféns que ainda estão vivos devem começar a chegar a Israel já na próxima segunda-feira. Os corpos de outros 28 reféns que morreram no cativeiro ainda não têm data para serem totalmente recuperados.

Chancela

Mais cedo, o negociador-chefe do Hamas, Khalil al-Hayya, já havia afirmado que os Estados Unidos deram garantias ao grupo palestino de que a guerra contra Israel seria encerrada de forma definitiva após a assinatura do acordo. Logo depois, o presidente americano confirmou, de certa forma, a informação de al-Hayya, ao afirmar que nenhum palestino seria forçado a deixar Gaza. “É exatamente o contrário, ninguém será obrigado a sair. Esse é um grande plano de paz, apoiado por todos”, disse Trump no Salão Oval da Casa Branca.

Lacunas

Apesar do otimismo com o cessar-fogo e o possível fim da guerra, que deixou 1,2 mil israelenses e quase 70 mil palestinos mortos, ainda existem uma série de dúvidas sobre como outros itens do acordo serão implementados. Até agora, o Hamas não confirmou se concorda em entregar suas armas a Israel, e ainda não há uma decisão clara sobre como — e por quem — Gaza será controlada após a retirada das tropas israelenses.

Entraves

Uma das questões mais sensíveis do acordo é a exigência do Hamas de que líderes históricos do grupo, alguns deles condenados à prisão perpétua, sejam libertados. De acordo com fontes do governo israelense alguns dos nomes incluídos na lista do Hamas estão fora de cogitação.