No último sábado, 08, o senador Alan Rick assinou a ficha de filiação ao Republicanos. Alan decidiu desfiliar-se do seu antigo partido, o União Brasil, desde que foi anunciada a junção partidária da sigla com os Progressistas (PP), que veio formar a Federação União Progressista. A saída decorreu da decisão adotada pela cúpula da Federação que deliberou por conferir ao governador Gladson Cameli (PP) a condução do processo de sua sucessão e este optou por escolher a vice-governadora Mailza Assis (PP).
Retorno
O ato que selou o ingresso do senador nos Republicanos foi conduzido pelo presidente nacional da sigla, Marcos Pereira. A filiação de Alan é um retorno às origens, vez que em 2014 ele foi eleito como deputado federal pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB) que depois foi sucedido pelo Republicanos (REP). “Estou aqui muito feliz e quero te dizer, Alan: seja bem-vindo. O bom filho à casa torna. Temos o orgulho de ter nesse partido, de ver você assinando essa ficha. Você será o nosso governador”, disse o presidente nacional da sigla.
Crença
O presidente estadual do Republicanos, deputado federal Roberto Duarte, exaltou o histórico de trabalho de Alan Rick, rotulando-o de “futuro governador do Acre”. “Esse cara que eu admiro, tenho o maior carinho e respeito. Andamos pelos 22 municípios desse estado e, onde a gente vai, tem obra, emenda e trabalho do Alan. Ele conhece de gestão, é homem de família, honesto e trabalhador. Tenho certeza de que estamos trazendo de volta ao Republicanos o futuro governador do Acre”, declarou.
Obstáculos
Em seu discurso, Alan fez uma fala marcada por referências bíblicas e pela defesa da coragem diante dos desafios políticos e pessoais que disse enfrentar nos últimos dias. “Não é fácil. Sei que vivemos em um estado pequeno, onde a força política do governo é muito grande, onde pressões sobre mim e sobre a senadora Mara Rocha foram feitas para que pessoas não estivessem aqui. Passamos a semana enfrentando ataques, fake news e mentiras”.
Resiliência
Finalizando sua fala, Alan recorreu as escrituras para garantir que prosseguirá capitaneando o projeto rumo ao governo do estado: “Na Bíblia tem uma expressão que aparece 365 vezes: ‘não temas’. Povo do Acre, não tenham medo de fazer a escolha certa, não tenham medo de lutar, porque é semeando coragem que nós colhemos a vitória. Vamos juntos, agora no Republicanos, construir o sonho de um Acre melhor para viver”, afirmou.
Bênçãos
O evento foi encerrado com uma oração conduzida pelo pastor Agostinho Gonçalves, presidente da Igreja Batista do Bosque, e pela pastora Milca, da Assembleia de Deus, que no ato pediram bênçãos sobre Alan Rick e sua nova jornada política.

Posição
Em seu discurso na 4ª Cúpula da Celac com a União Europeia, na Colômbia, ocorrido ontem, 09, o presidente Lula disse que o “uso da força militar voltou a fazer parte do cotidiano da América Latina e do Caribe”. A afirmação, vista como crítica indireta à presença dos EUA na região, foi feita enquanto Donald Trump avalia uma ofensiva contra a Venezuela.
Princípios
Lula deixou por algumas horas os preparativos da COP30, em Belém, para participar do encontro, e cobrou que a cúpula discutisse os barcos militares americanos em águas caribenhas. Defendeu uma resposta regional baseada na cooperação e no multilateralismo, dizendo que “democracias não combatem o crime violando direitos constitucionais”.
Integração
O presidente também pediu que a América Latina e o Caribe retomem seu projeto de integração, lamentando a “balcanização” e o avanço do extremismo político. Defendeu ainda o Acordo Mercosul-União Europeia, que espera ver concluído em dezembro, e propôs que a região lidere a transição energética a partir da COP30.

Oficialização
A COP30 começa oficialmente hoje. Dos 198 países signatários do Acordo de Paris, apenas 104 submeteram até agora suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) para 2035 — ou seja, quase metade das metas ainda não estão sobre a mesa. O presidente da COP, embaixador André Correia do Lago, divulgou no domingo a sua décima e última carta à comunidade internacional, convocando os países para um ciclo de ação no enfrentamento da crise climática global.
Temas
O diálogo, porém, não será simples. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reconhece que todos os países estão vivendo “as contradições da transição energética” e que não é possível abandonar por decreto os combustíveis fósseis. Transição energética, metas de emissão de carbono, financiamento para ações contra as mudanças climáticas.

Negativa
A Primeira Turma do ST, agora sem a presença do ministro Luiz Fux, que pediu transferência para a 2ª turma, em substituição ao ministro Luiz Roberto Barroso, que pediu aposentadoria, rejeitou por unanimidade na última sexta-feira os recursos contra a condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Desdobramento
A defesa do ex-presidente já prepara os próximos passos — a apresentação de embargos infringentes, recurso que busca reverter o resultado do julgamento. Os ministros julgam no plenário virtual os chamados embargos de declaração, que servem para pedir esclarecimentos sobre omissões, contradições e obscuridades nos votos. O julgamento no plenário virtual vai até esta sexta-feira e até lá os ministros podem mudar de voto. Só então correm os prazos para execução da pena, quando poderá ser determinada a prisão.
Condenação
Ontem, domingo, 09, a Primeira Turma formou maioria para tornar réu Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no TSE. Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por tentar abolir o Estado Democrático de Direito, violar sigilo funcional e obstruir investigações sobre atos antidemocráticos.
Quebra de sigilo
Segundo a PGR, Tagliaferro divulgou diálogos sigilosos de servidores do STF e do TSE para favorecer uma organização criminosa envolvida na disseminação de notícias falsas e na tentativa de golpe de Estado. Vivendo na Itália, Tagliaferro é alvo de um pedido de extradição do governo brasileiro, mas, em redes sociais, afirmou ter “medo zero dessa turma”.
Realidade paralela
Teorias da conspiração seguem influentes no debate político brasileiro, segundo a pesquisa ‘A Cara da Democracia’. Crenças falsas sobre temas políticos chegam a convencer mais da metade dos eleitores de direita e de esquerda, a depender do assunto. Entre os entrevistados, 32% acreditam que a facada sofrida por Jair Bolsonaro em 2018 foi encenada, índice que sobe para 53,3% entre eleitores de esquerda.
Terraplanismo
Já as alegações de que a vitória de Lula em 2022 foi fraudada e de que há um plano da esquerda para tomar o poder são vistas como verdadeiras por 52,2% e 57,7% dos eleitores de direita, respectivamente. O cientista político Leonardo Avritzer, da UFMG, pesquisador do estudo, afirma que a eleição de Bolsonaro em 2018 abriu “um atalho cognitivo” que facilitou a autoidentificação dos brasileiros com a direita. Para Avritzer, apesar do julgamento em curso, “o ex-presidente segue sendo o principal eleitor do campo da direita”.
Intervenção
O governo americano quer que o Brasil enquadre o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas, seguindo o modelo de Argentina e Paraguai. O tema ganhou força após a megaoperação na Penha e no Alemão, que deixou 121 mortos. Em resposta, o governo federal enviou ao Congresso um projeto para endurecer o combate ao crime organizado, mas o relator, deputado Guilherme Derrite (PL-SP), propôs equiparar as punições das facções às aplicadas a terroristas. Um relatório da inteligência da PM mostra que o Comando Vermelho atua em 70 dos 92 municípios fluminenses. (Globo)
