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Agenda

Agenda

Ontem, sexta-feira, 08, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), resolveu cumprir agenda fora da cidade, em Sena Madureira, onde manteve encontro com o prefeito Gerlen diniz (PP), furtando-se, por óbvio, de recepcionar o presidente Lula (PT), de passagem pela capital acreana. Bocalom seguiu no caminho contrário ao do governador Gladson Cameli (PP), que estendeu tapete vermelho ao governante maior do país, mesmo já tendo declarado apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nas eleições presidenciais de 2026.

Instituições

É leitura consensual que Bocalom perdeu a oportunidade de apresentar ao governante supremo do país demandas de recursos para o benefício da cidade que administra. No caso específico, seria a conversa entre o prefeito de Rio Branco e o presidente do Brasil, não entre os agentes políticos Tião Bocalom e Lula.

Lhaneza

No estado vizinho – Rondônia – em um gesto de maturidade política cada vez mais raro no cenário nacional, o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), recepcionou o presidente Lula da Silva (PT) na visita oficial à capital rondoniense. A exemplo do que fez no Acre, onde anunciou R$ 1,47 bilhões de investimentos, Lula foi à Rondônia anunciar mais de R$ 1,5 bilhão em áreas como saúde, infraestrutura, mobilidade e desenvolvimento regional.

Oportunidade

Mesmo com trajetórias políticas em campos opostos, Léo Moraes demonstrou que o interesse coletivo pode — e deve — prevalecer sobre diferenças partidárias. Com postura institucional e foco na população, e censo comum que o prefeito tem se destacado por estabelecer diálogo com todas as esferas de poder, buscando resultados práticos para as demandas históricas da capital de Rondônia.

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Cupido

A propósito de divergências partidárias, em sua passagem pelo Acre o presidente Lula conseguiu aproximar os adversários políticos Gladson Camelí (PP) e Jorge Viana (PT). Sorridentes, Viana e Cameli trocaram cumprimentos ao lado do presidente nas dependências da Cooperacre, em Rio Branco.

Bicadas

Em 2022, Gladson e Jorge Viana se enfrentaram nas urnas. Camelí levou a melhor. Foi reeleito governador. Viana, por outro lado, virou presidente da Apex com a eleição do presidente Lula.

O petista, vez ou outra, surge nas redes sociais e na imprensa criticando o governo Camelí. Ambos, ano que vem, em campos opostos, deverão ser candidatos a senador. Por estilo, Cameli nunca fez objeções a Viana.

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Leitura

Na avaliação do presidente do PSD e ex-ministro Gilberto Kassab, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), só se candidataria à Presidência se tivesse “quase certeza da vitória”, e, que se a eleição fosse hoje, o presidente Lula (PT) se reelegeria.

Percepção

Em entrevista ao jornal O Globo, Kassab —cujo PSD comanda três ministérios— fez previsões para 2026 e falou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estará mais interessado na eleição ao Senado do que na presidencial. Kassab diz ter mudado de ideia desde o início do ano. Em janeiro, ele avaliou que Lula perderia caso concorresse à reeleição.

Renovação

No entendimento de Kassab, pesquisa reflete momento. “Naquele momento, os números mostravam isso. Agora, ele [Lula] ganharia. Almoçamos ontem, e ele parece bem animado com a reeleição. Mas eu sigo com a minha intuição. Acho que o partido está em busca de uma opção diferente, de renovação. As pessoas estão tristes com essa polarização e com esses xingamentos”.

Reflexão

“Ele [Tarcísio de Freitas] está fazendo essa reflexão [sobre ser candidato à Presidência] e, no momento certo, se manifestará. Pessoas importantes do país têm pedido para ele ser candidato. Tarcísio vai olhar as pesquisas. Se for candidato é porque estará muito viável, ou seja, tendo uma quase certeza da vitória. Não dá para [Tarcísio] sair candidato sem o apoio da maior figura da direita [o ex-presidente Jair Bolsonaro]. E também é preciso que haja uma união dos partidos de centro ao seu nome”, reflete Kassab.

Escolhas

Para o presidente do PSD, Bolsonaro priorizará seus familiares no pleito do ano vindouro. “A minha impressão é que o Bolsonaro dará prioridade a eles [seus familiares, como a esposa Michelle e os filhos Flávio e Eduardo] em candidaturas ao Senado e não vai se importar tanto com a corrida presidencial. Por isso, continuo com a minha impressão de que o melhor para o Tarcísio é ser candidato a governador mesmo, para concluir os seus projetos em São Paulo”.

Adaptando o discurso

Atualmente secretário de Governo da gestão Tarcísio, Kassab avaliou que o governador precisou corrigir a rota em relação às tarifas dos EUA. Logo quando os EUA anunciaram que sobretaxariam em 50% a importação de produtos brasileiros, Tarcísio responsabilizou Lula, mas depois tentou negociar com empresários e com a representação norte-americana no Brasil.

Esclarecimento

“Tarcísio torceu pela vitória do republicano [Trump], assim como o Lula torceu pelos democratas. Mas, de fato, os adversários fizeram essa associação, e ele precisou agir e deixar mais evidente que estava ao lado dos produtores brasileiros. Tarcísio tem mostrado solidariedade aos afetados e ideias de ações concretas. Agora, foi preciso, sim, fazer uma correção na sua comunicação para deixar clara a sua conduta”, posiciona-se.

Preocupações

Kassab diz, ainda, que tem outras preocupações com relação a essa crise criada a partir do ‘tarifaço’ decretado por Trump, a partir das conversas que tem com diplomatas. ”Eles estão divididos sobre o seguinte: será que vamos conseguir criar novos mercados que compensem a perda comercial com os EUA? Vejo que o Lula está se arriscando bastante. Se é verdade que há uma má vontade do Trump para dialogar, também existe a mesma má vontade por parte do presidente”, finaliza.

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De volta ao começo

O ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes confirmou seu retorno ao PSDB, movimento que reacendeu especulações sobre uma possível candidatura ao governo do Ceará em 2026. A informação foi divulgada pelo jornal O Povo, que apurou junto a aliados que a negociação contou com articulação direta do ex-senador Tasso Jereissati e teve aval do presidente nacional tucano, Marconi Perillo, que conversou por telefone com Ciro nesta sexta-feira (8).

Projeto

Embora publicamente negue qualquer intenção de voltar a disputar cargos, Ciro tem sido apontado por integrantes da oposição como o nome mais forte para liderar um bloco que reúne o União Brasil de Capitão Wagner e o PL, partido ligado ao grupo bolsonarista no estado. O político afirma apoiar o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que deixou o PDT e deve ingressar no União Brasil, mas ainda sem oficialização.

Ciclo

O ex-governador encerra, assim, uma trajetória de 10 anos no PDT, legenda pela qual concorreu à Presidência da República em 2018 e 2022. Internamente, porém, parte do grupo oposicionista vê Ciro com mais chances eleitorais que Roberto Cláudio, considerado bem aceito pela direita, mas com menor potencial de vitória frente à base governista.

Espalhando brasa

As tratativas para formação do bloco de oposição avançaram ao longo do primeiro semestre. Ciro chegou a receber elogios de figuras do PL, como o deputado federal André Fernandes, após sinalizar apoio à candidatura de Alcides Fernandes ao Senado. No entanto, o clima azedou há três semanas, quando o ex-ministro divulgou um vídeo criticando a família Bolsonaro, o que levou André a anunciar que o partido teria candidato próprio ao governo. Desde então, lideranças como Alcides e o deputado federal Dr. Jaziel (PL) tentam reaproximar o grupo.

Recomeço

A volta ao PSDB acontece em um momento de reconstrução da legenda, que recentemente descartou fusões ou incorporações a outros partidos. Ciro já havia sido filiado ao PSDB entre 1990 e 1997, período em que foi eleito governador do Ceará e, posteriormente, rompeu com a sigla durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Ao longo de sua carreira, passou por sete partidos diferentes — o retorno ao PSDB marca a oitava legenda em sua trajetória, considerando as duas passagens.

Retrato

A confirmação oficial da filiação deve ocorrer nas próximas semanas e poderá redefinir o tabuleiro político cearense, com a possibilidade de uma aliança ampla entre forças que historicamente estiveram em campos opostos.