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Três casos de raiva bovina são identificados em propriedades no Acre

Três casos de raiva bovina são identificados em propriedades no Acre

Doença sem cura foi identificada em animais de Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Veterinário do Idaf alerta para vacinação anual e notificação imediata de sintomas nos animais.

O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) confirmou três casos de raiva bovina no interior do estado, dois em Mâncio Lima, registrados em julho, e um em Cruzeiro do Sul, no início de agosto.

Um quarto caso, também em Mâncio Lima, está em monitoramento e aguarda resultado de exame laboratorial.

👉 A raiva em bovinos é transmitida pela mordida de morcegos hematófagos , que podem levar o animal infectado à morte. Quando a doença é identificada no animal, é necessário aguardar a morte do bovino para fazer a coleta do material para análise

A confirmação dos casos acendeu o alerta entre autoridades e levou o Idaf a intensificar ações de orientação a produtores rurais, visitas às propriedades e captura de morcegos transmissores da doença.

Segundo Diego Muniz, médico veterinário responsável pelo monitoramento, a raiva não tem cura, mas pode ser prevenida com a vacinação anual do rebanho.

“A gente sempre indica que o produtor vacine os animais todos os anos. É um investimento que evita prejuízo econômico e risco à saúde pública”, disse Muniz.

O trabalho do Idaf, nestes casos, é orientar quem teve contato com o animal doente a buscar uma unidade de saúde e também fazer a vacinação do rebanho.

Alerta

O veterinário explicou ainda que, ao notar mordidas de morcego, sangramento no local e sintomas neurológicos como dificuldade de locomoção, paralisia dos membros traseiros, convulsões e salivação excessiva, o produtor deve notificar o Idaf dentro de 24 horas.

“Quem lida diretamente com o animal precisa ter atenção porque também existe risco de contaminação ao ter contato com a saliva. Nesses casos, é fundamental procurar um posto de saúde imediatamente para iniciar o protocolo pós-exposição”, alertou.

Caso o animal infectado tenha muitos sinais de mordidas de morcego, é feita a captura para tentar amenizar a situação, com o controle da colônia de morcegos. Além disso, a Secretaria de Saúde reforça a vacinação de cães e gatos para evitar que o vírus se espalhe.

Em 2022, a raiva bovina também foi identificada em propriedade rural no interior do Acre e cerca 18 animais morreram com sintomas da doença. As informações foram confirmadas pelo instituto, que fez o monitoramento na época.

Sintomas

A raiva é uma zoonose, ou seja, pode atingir qualquer mamífero, incluindo seres humanos. Segundo o Ministério da Saúde, a doença também se caracteriza como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%, e é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

No caso dos animais, ocorre a perda de apetite, salivação abundante, perda de equilíbrio, quedas e estiramento do pescoço.

Já em seres humanos, é transmitida pela saliva dos animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.

🚨 Importante: A vacinação anual de cães e gatos é eficaz na prevenção da raiva nesses animais, o que consequentemente previne também a raiva humana.

Além disso, especialistas reforçam que a vacinação contra a doença em bovinos se trata da medida mais eficaz para proteger o rebanho e evitar perdas econômicas. Em regiões onde há ocorrência da doença, a imunização anual também se torna importante, já que a infecção, além de letal, tem potencial para afetar a saúde humana e gerar impactos na cadeia produtiva de carne e leite.