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Bolsonaro será julgado na Primeira Turma do STF por tentativa de golpe, diz jornalista

Bolsonaro será julgado na Primeira Turma do STF por tentativa de golpe, diz jornalista

De cinco votos, quatro são dados como certos contra o ex-presidente

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá ser julgado criminalmente pela tentativa de golpe de Estado na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Os ministros que a compõem são Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Destes, apenas Fux tem a posição considerada “incerta”, segundo a jornalista. Os outros quatro “são considerados votos certos contra o ex-presidente”, o que indica que Bolsonaro tem grandes chances de ser condenado.

Ainda segundo a jornalista, a defesa do ex-presidente deve tentar apelar para que o caso seja reavaliado no plenário da Corte. A decisão cabe ao ministro Alexandre de Moraes, o relator do caso.

Em dezembro de 2023, o STF reestruturou a condução de julgamentos criminais, decidindo que eles passariam por duas turmas ao invés do colegiado completo de 11 magistrados. A iniciativa do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, tinha como objetivo “racionalizar a distribuição de processos criminais e reduzir a sobrecarga do plenário”, sobretudo após os atos golpistas de 8 de janeiro, que aumentaram o número de processos e na necessidade de agilizar a tramitação judicial.

“Plena consciência e participação ativa”

Em 26 de novembro de 2024, Moraes divulgou um relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, que tinha como objetivo manter o ex-presidente Bolsonaro no poder. Segundo as investigações da PF, o ex-capitão tinha “plena consciência e participação ativa” na trama golpista.

A PF escreveu no relatório: “Dando prosseguimento à execução do plano criminoso, o grupo iniciou a prática de atos clandestinos com o escopo de promover a abolição do Estado Democrático de Direito, dos quais JAIR BOLSONARO tinha plena consciência e participação ativa.”

Além do ex-presidente, a PF indiciou outras 37 pessoas na investigação. Uma delas é Walter Braga Netto, general da reserva que atuou como ex-ministro da Casa Civil e da Defesa na gestão do ex-capitão e foi e vice na chapa dele nas eleições de 2022.